Mais importante do que definir a missão de uma empresa, é valorizar seus funcionários, pois são eles que a colocam em prática.
O ideal para qualquer empresa que se cria é começar com uma clara definição de sua missão institucional, que conte para seus públicos – interno e externo – a que ela veio e qual a contribuição que pretende oferecer à sociedade. É o norte da bússola empresarial.
A definição da missão da empresa deve ser de responsabilidade de acionistas, cotistas e sócios e deve ser divulgada tão amplamente quanto possível, para que todos os envolvidos caminhem na mesma direção.
Quando a missão não é clara ou quando poucos na empresa a conhecem, o andamento do negócio pode ser prejudicado, ainda que o esforço de todos possa ser muito intenso. A antiga charge do burrinho que puxa em todas as direções e que, por isso, não sai do lugar, exemplifica bem o que pode acontecer com a empresa quando falta um rumo claro.
A missão de cada empresa flui de sua história, de sua realidade, da personalidade e valores de seus responsáveis e dos eventos acontecidos e forjados ao longo do tempo. Vale lembrar que, embora a missão seja o grande objetivo desde o inicio – que não deve mudar por pequenos eventos da meteorologia empresarial –, com o tempo, ela também é sujeita às mudanças que ocorrem ao longo da vida institucional da empresa.
É a missão da empresa que lastreia tudo o mais que acontece: a estrutura de organização, o marketing, a tecnologia, a necessidade de capital, as definições estratégicas, as políticas e o quadro de recursos materiais necessários.
Trabalhando em equipe
Mais do que tudo, porém, são as pessoas da empresa que, diretamente, interagem com a missão estabelecida, tornando realidade a pretensão histórica e criando as condições para a operacionalização e a realização de seu objetivo maior. De nada adianta conhecermos o norte da empresa se as pessoas que nela trabalham não nos levarem lá. São os dirigentes, administradores, funcionários e operários que tornam factível a missão de cada companhia e que respondem pelo eventual sucesso.
Quantas empresas, na história, já se dedicaram a buscar a melhor organização, a sofisticada tecnologia, o elaborado marketing e, principalmente, a maior disponibilidade de recursos financeiros, para acabar tristemente em insucesso e, às vezes, até em desaparecimento, por que não deram a seus recursos humanos a mesma atenção?
Não passa desapercebido ao analista atento que mais companhias vão se dedicando a investir em seus recursos humanos, percebendo que é por aí que se agrega um valor essencial, e é pela sua gente que esta ou aquela se diferencia no mercado; no final, alcança melhores resultados.
E é por causa desse novo movimento organizacional e gerencial, representado por uma onda de conscientização da importância das pessoas, que hoje se fala de liderança, competências, 360º graus, inteligência emocional, pesquisas de clima, coaching, balanced scorecard, desenvolvimento organizacional e outplacement, entre tantas outras ações, tendentes a buscarem, desenvolverem, remunerarem, assistirem e administrarem pessoas no contexto empresarial atual.
Não tenham dúvidas: cada vez menos será importante a burocracia legalista de pessoal e cada vez mais terá destaque, na administração empresarial, o esforço de dotar as organizações da gente mais qualificada e motivada que possa levá-las, continuamente, ao cumprimento de sua missão empresarial. É gente que vale!
Fonte: CORDEIRO, Laerte Leite. É gente que vale!
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